A PONTE É UMA PASSAGEM...

«A ponte é uma passagem, para outra margem!» Era assim o refrão de uma conhecida canção. Mas essa passagem nem sempre é fácil.






Com a chegada do verão, também as “dores de cabeça” dos automobilistas que todos os dias tem que cruzar as duas margens do Mondego. A ponte está em obras até 2006, altura em que começará a duplicação da Ponte dos Arcos.
Surge este post por outro que li, hoje, no Amicus Ficaria .
Nele o Sr. António Jorge Pedrosa refere que “Há sensivelmente um mês, numa reunião da Assembleia Municipal, questionei o Sr. Presidente da Câmara se estava previsto algum dispositivo extraordinário, para os meses de Julho e Agosto, que procurasse minimizar os impactos das obras na Ponte na circulação rodoviária, agravados por um normal acréscimo de trânsito neste período do ano. Foi-me dito que não”.

É curiosa a resposta do presidente da Câmara do Burgo.

Meses antes, após alguns acidentes na ponte, que obrigaram a Câmara e o IEP a tomarem medidas foi garantido por Duarte Silva [presidente da autarquia] que "na época balnear os trabalhos parariam".

Deixo aqui algumas passagens vinculadas na Comunicação Social, alguns dias depois de vários acidentes na ponte, já com os trabalhos a decorrer:

«Um acidente rodoviário na ponte sobre o Rio Mondego, recentemente, isolou a cidade cerca de duas horas, já que as obras que ali decorrem limitam para metade a capacidade de fluidez do trânsito. “Vamos introduzir medidas para alterar este tipo de cenário” disse, ao JN, Lídio Lopes, delegado municipal de Protecção Civil local» in Jornal de Notícias de 15-Janeiro-04

«Apesar das obras na ponte disporem de um plano de emergência, a autarquia e o IEP reuniram e decidiram reforçar as medidas de segurança com a colocação de bandas sonoras “para diminuir a velocidade”; de um sistema de informação de peões, “nos extremos da ponte para optimizar o encaminhamento de pessoas”; com a optimização de um corredor de segurança para as ambulâncias e “será aberto mais um acesso no separador central” para, se necessário, “produzir a diminuição do espaço condicionado ao tráfego automóvel”. “Temos a garantia do responsável de segurança da obra que ao final do dia de trabalho e durante os fins-de-semana as sapatas [extensões que estabilizam as gruas] serão retiradas, minimizando o condicionamento do trânsito na ponte” disse Duarte Silva, presidente da autarquia figueirense» - in Jornal de Notícias de 16-Janeiro-04

«Mas garantiu Duarte Silva, os condicionamentos não se registarão durante a época balnear. Para prevenir efeitos semelhantes àqueles que se verificaram no início desta semana, e após ter reunido com os responsáveis das obras da ponte e com as autoridades de segurança locais, o edil avançou que “é possível aumentar as medidas de disciplina e alerta em relação ao fluxo de trânsito”» in Diário As Beiras de 16-Janeiro-04

Penso que estas transcrições servem para desmentir a resposta dada por Duarte Silva (PSD) ao deputado municipal António Jorge Pedrosa (PS).
E enquanto isso a ponte é uma passagem (difícil) para a outra margem... pelo menos cá na Figueira!